sexta-feira, 31 de maio de 2013

Saber onde parar

Nestes últimos dias andei quase ausente da minha vida pessoal. Passava por ela, dizia-lhe olá mas não nos falávamos muito. Éramos como que duas conhecidas que se evitam porque, embora simpatizem uma com a outra, não têm muitos assuntos para falar. Sentia-me muito pressionada porque tinha de fazer muitas coisas, sentia uma necessidade atroz de fazer o máximo mesmo que fosse em coisas que não me animavam particularmente. E o pior é que eu estava consciente desta falta de amor pelo que estava a fazer daí sentir que não o estava a fazer como devia. Sabendo que é um mal necessário para um futuro melhor obriguei-me até à exaustão. Nesse processo senti que ia ficando cada vez mais isolada. Era o tempo para os amigos que faltava, era o café prometido há semanas, eram os fim de semana em que embora o corpo estivesse presente nada mais estava. 

Não sou de fazer coisas pela metade, assim como não sou de as fazer com pouco amor. Mas, talvez pela primeira vez na minha vida, aprendi que crescer também é um bocadinho isto. Mas também é saber onde parar. Hoje inicio uma pausa consciente de que é necessária para recomeçar com um fôlego maior.Preciso de abrir a janela e respirar sob o prejuízo de ficar completamente "atrofiada" por um ar rarefeito. Vou aproveitar o sol, as pequenas coisas porque só assim as grandes fazem algum sentido.

Um bom fim de semana a todos*




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