terça-feira, 2 de abril de 2013

Os apertos...

Desde muito pequena que a ansiedade me prega partidas valentes. Raramente tenho a consciência da sua presença: não sou de deixar de dormir nem comer, não me queixo de não conseguir fazer as coisas. No entanto, o meu corpo, esse matreiro constituído por um sem fim de células que se julgam sobredotadas, acaba por perceber primeiro. Lembro-me de já ter experimentado de tudo: o cair do cabelo, os eczemas capilares, as crises de asma, as gastroenteritis...Mas agora, agora surgiu um dado novo, um maravilhoso novo sinal luminoso que o meu corpo envia para me lembrar que está na horinha de travar nas descidas: os apertos no peito. Sei que é coisa banal nestas andanças mas a mim aflige-me um pouco. Começa a parecer uma crise de asma e continua como se de um ataque de pânico se tratasse. É chato, persistente e mói. Pior, é que não sabemos muito bem o que fazer para amenizar por estes lados. Não pensar nas coisas é pior, já devem ter percebido que tenho uma mente prima das pessoas que têm perturbação obsessivo compulsiva e quanto mais tento não pensar mais as coisas me saltitam na mente. Distrair, pelos mesmos motivos, não resulta. 

Alguém por aí a quem a maldita chateie? Se sim, o que lhe fazem? Os meus anseios mais desestruturantes agradecem muito qualquer ajuda*

3 comentários:

  1. sofro do mesmo. experimenta fazer exercício para diminuir a tensão, a longo prazo funciona. quando te sentires mais angustiada experimenta tentares lembrar-te de um sítio onde foste feliz. para quem gosta de praia funciona imaginar o sol quente a bater, o barulho das ondas... ao tentares imaginar-te noutro cenário funciona quase como auto-hipnose e a resposta fisiológica à ansiedade é atenuada. é o que funciona comigo :) percebo como é angustiante, qualquer coisa manda email.

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  2. Parece que são sintomas de alta tensão, acho que deverias ir ao médico, pois com a saúde não se brinca!

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  3. Já fui muito ansiosa. Até que sofri um pico de ansiedade quando (mal) foi diagnosticada uma doença do foro neurológico à minha filha mais nova. Aí aprendi a controlar e tornei-me numa pessoa muito mais serena. Mas também já conto com quase 40 anos.

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