segunda-feira, 29 de abril de 2013

A eterna procura


Durante a minha vida (ainda não muito longa mas o suficiente para a equivalência a um estágio), aprendi a procurar a felicidade em diferentes locais e de diferentes formas. Já a procurei em pessoas. Encontrei-a lá não raras vezes mas aquelas em que procurei e me decepcionei foram tão dolorosas que aprendi a não o fazer. Nenhuma pessoa consegue dar-nos a felicidade por si só. Ponto. Nós é que podemos ir buscá-la à nossa interação com essa pessoa enquanto sujeitos sempre ativos na construção que fazemos em conjunto. Esperar do outro a luta que nos dará os frutos não resulta. Também já procurei a felicidade em objetos. Nunca de forma muito pronunciada felizmente, mas em demasia para o que a minha racionalidade permitia. Os objetos fazem-nos felizes, claro que fazem. Mas é uma felicidade limitada no tempo e na intensidade de satisfação que nos traz. Desvanece em momentos chave que pedem as forças de uns braços que esses objetos não enrijecem. Tudo isto para vos dizer que embora ainda não tenha encontrado o caminho, a jogada certeira, o cavalo certo, tenho aprendido nestes últimos tempos alguns caminhos menos acidentados, alguns atalhos refrescantes e que me levam cada vez mais perto do que penso ser isso de “ser feliz”. Clichês à parte, esteve sempre ali: nos outros, apimentados pelos objetos mas sempre, sempre nas minhas mãos, em mim. 

*Salvaguarda-se o efeito que o atarax e outros que tais podem ter no meu discernimento e na minha propensão para a lamechisse. 



Uma boa semana para tod@s*

1 comentário:

  1. Tens razão quando lhe chamas eterna procura, porque mesmo que a encontremos ela é volátil e lá temos que ir outra vez à procura dela

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