quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Aviso desde já....


... que isto hoje vai ser a doer. Estou revoltada, a sério que estou. Acabei de ler um estudo da universidade do Minho (que podem consultar aqui) sobre a prevalência de violência no namoro. Deparo-me com isto: num total de 4667 jovens com idades entre os 13 e os 29 anos, 25,4% relataram ter sido vítimas de, pelo menos, um ato abusivo no último ano e 30,6% admitiu ter sido agressor(a). Se há coisa que me revolta é a violência, seja ela do tipo de for, contra quem for, por achar que nada nem ninguém tem o direito de exercer poder sobre o outro usando para tal dano físico. Condeno a violência doméstica, quem bate e quem tantas e tantas vezes retira as queixas por "amor". Porém, sou capaz, fazendo um esforço daqueles gigantes e quase irreal, de entender a dificuldade (e não a resignação) de lidar com tudo quando há filhos envolvidos e anos de vida em comum. Agora no namoro a minha compreensão encerra antes de começar, nem chega a ter um "no entanto" nem um "talvez", não aceita a miníma análise nem a milésima de ponderação. 30.6% dos participantes deste estudo admitiram ser agressores e sabemos muito bem que a tendência é para estes números serem inferiores aos reais.  Apenas 9% das vítimas fazem queixa por medo de serem culpabilizados e que os pais os pressionem para terminar a relação. Algo muito errado está a acontecer com as pessoas que agridem mas também com quem aceita viver assim pelas razões que apresenta. Minha gente, é um namoro. É a pessoa que vocês escolheram e de quem têm o direito de abdicar. Vão ter mais na vida, melhores, piores, mas será sempre a vossa escolha. Agora a dignidade, essa perde-se com o primeiro aperto de braço mais forte. E isso sim, é díficil de recuperar. E não me venham dizer que é tudo muito complexo e que só quem passou é que sabe. O tanas é que é. É simples demais porque só tem conclusão possível para mim: o amor verdadeiro não magoa desta maneira.




3 comentários:

  1. As minhas opiniões neste assunto são muito contraditórias. No casamento, por exemplo, compreendo o aspecto de que falas, dos filhos e tal - mas por outro lado ninguém que seja minimamente consciente considera que um ambiente violento é mais benéfico de que uma separação. No namoro, perdoem-me se estou errada, mas acho que também é culpa dos pais, principalmente durante a adolescência, que não sabem ler certos sinais e acompanhar os filhos. Eu sei que é tudo muito fácil falar, que os pais têm cada vez menos tempo para acompanhar os filhos mas.. bolas... Se um adulto tem dificuldade em libertar-se sozinho da violência, o que não será de um adolescente...

    estenaoeumbloguedemoda.wordpress.com

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  2. Este assunto revolta-me. Primeiro, por haver pessoas que são capazes de exercer este tipo de violência, física ou psicológica, sobre outra pessoa. Depois, porque não consigo compreender que a pessoa "abusada" não seja capaz de saltar fora do relacionamento. Amor não é isto!! E neste caso, se pessoas adultas se deixam levar e ficar presas numa rede que cada vez aperta mais, que farão os adolescentes? Que não têm a mínima noção das coisas. É triste.

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  3. Violência nunca, jamais em tempo algum. Mas penso que a Rainha tem razão. Os adolescentes não têm a mesma capacidade de discernimento e estão sujeitos a outras influências,

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